domingo, 6 de dezembro de 2009

A professora

Olá meninos,
estou a ficar mais animada, pois verifico que estão a dar mais vida ao nosso blog.
O Bogdan colocou um site interessante sobre algumas matérias das diferentes disciplinas do vosso curriculum. Aproveitem e espreitem.
Considero que são capazes de dar, ainda, mais vida a este vosso espaço se todos começarem a visitá-lo e colocar, não só trabalhos, mas opiniões sobre temas em estudo ou outros assuntos de interesse comum. Falta muita gente deixar por aqui a sua assinatura. Vamos lá.
Beijinhos e bom trabalho!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Biografia de Alvaro de Campos por Andreia Ventura

Biografia
Fernando Pessoa, para cada um dos seus heterónimos criou uma biografia, onde Álvaro de Campos não foi excepção. Crê-se que Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de Outubro de 1890. Fez o liceu em Lisboa e partiu depois para Glasgow, na Escócia, onde frequentou o curso de Engenharia Naval. Em Dezembro de 1913, fez uma viagem de barco ao Oriente durante a qual terá começado a escrever poesia.
Campos viveu e trabalhou alguns anos em Inglaterra, embora estivesse constantemente dividido entre Inglaterra e Portugal. Mais tarde estabelece-se em Lisboa. Foi aqui que este passou a viver sem exercer qualquer actividade para além da escrita. Campos vai publicando os seus poemas em revistas literárias, e é então que em 1915, publica os seus primeiros poemas, na revista “Orpheu”: “Opiário”, que teria sido escrito, durante a sua viagem ao Oriente e “Ode Triunfal”, esta escrita em Londres. No segundo número desta mesma revista Álvaro de Campos publica “Ode Marítima”. Mais tarde em 1917 publica “Ultimatum”, em “Portugal Futurista”.

Álvaro de Campos e a sua escrita
Álvaro de Campos caracteriza-se por ser um poeta modernista, que escreve sobre as sensações da energia e do movimento bem como, as sensações de «sentir tudo de todas as maneiras». É o poeta que mais expressa o Sensacionismo, levando o sujeito poético ao excesso da ânsia de sentir, trazendo assim toda uma complexidade de sensações. Foi sob este heterónimo que Pessoa mais publicou, enquanto poeta, sendo também aquele que nos seus poemas apresenta uma evolução cada vez mais nítida, podendo-se dividir a sua obra em três fases distintas: a fase Decadentista, a Futurista/Sensacionista, e a Intimista/Pessimista.
Na fase Decadentista o poeta exprime essencialmente nos seus poemas o tédio, o enfado, a náusea, o cansaço e a necessidade de novas sensações. Esta fase expressa-se como a falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à monotonia da vida, através de símbolos e imagens trazidas pelas correntes que mais marcaram o poeta: o Romantismo e o Simbolismo. Esta fase é bem visível no seu poema “Opiário”.
Na fase Futurista/Sensacionista, Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina e da civilização moderna. Nesta fase da sua escrita é bastante perceptível em alguns dos seus poemas, a atracção que este tem pelas máquinas, pelo Futurismo. Aqui apresenta a beleza da força da máquina por oposição à beleza que lhe era atribuída tradicionalmente. A “Ode Triunfal” ou a “Ode Marítima” servem de exemplo a esta intensidade e totalização das sensações. Ao mesmo tempo que este mostra a sua paixão pela máquina.
Campos mostra também a náusea/neurastenia provocada pela poluição física e moral da vida moderna. O futurismo nesta fase é visível no elogio da civilização industrial e da técnica na ruptura com o subjectivismo da lírica tradicional e na violação da moral estabelecida, no seu quotidiano. Quanto ao Sensacionismo, revela-se na vivência em excesso das sensações e na expressão do poeta como cantor lúcido do mundo moderno. É nessa fase onde a sensação é mais intelectualizada.
Por sua vez, na fase Intimista/Pessimista, traz de volta o abatimento, a capacidade de se sentir realizado. Nesta fase, o heterónimo de Pessoa sente-se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado. Como temáticas destacam-se: a solidão interior, a incapacidade de amar, a descrença em relação a tudo, a nostalgia da infância, a dor de ser lúcido, a estranheza e a perplexidade, a oposição sonho/realidade – frustração, a dissolução do “eu”, a dor de pensar e o conflito entre a realidade e o poeta. É nesta fase que se enquadram poemas como: "Lisbon Revisited" (l923), "Apontamento", "Poema em Linha Recta" e "Aniversário", que trazem, respectivamente, como características, o inconformismo, a consciência da fragilidade humana, o desprezo ao suposto mito do heroísmo e o enternecimento memorialista. A sua poesia torna-se mais intimista.

Características da sua escrita
Em termos estilísticos Álvaro de Campos destaca-se pelo uso de verso livre, em geral, muito longo, assonâncias, onomatopeias, aliterações, grafismos expressivos, mistura de níveis de língua, enumerações excessivas, exclamações, interjeições, pontuação emotiva, desvios sintácticos, estrangeirismos, neologismos, subordinação de fonemas, construções nominais, infinitivas e gerundivas, metáforas ousadas, oximoros, personificações, hipérboles, estética não aristotélica na fase futurista.
Por sua vez as temáticas, variam consoante os poemas. Eis algumas das temáticas que Álvaro de Campos usa na sua escrita: dissolução do “eu”, a dor de pensar, conflito entre a realidade e o poeta, cansaço, tédio, abulia, angústia, solidão e nostalgia da infância.

Como exemplo da sua obra literária, transcrevo dois poemas com diferentes temáticas. O poema “A Praça”, cuja temática é a vida citadina/moderna, e o poema “Depus a máscara”, cuja temática é a “Nostalgia da infância”.

A Praça
A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece
Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece,
Embora seja uma memória vã.

Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante ...

Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serena...

De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Depus a Máscara
Depus a máscara e vi-me ao espelho. —
Era a criança de há quantos anos.
Não tinha mudado nada...
É essa a vantagem de saber tirar a máscara.
É-se sempre a criança,
O passado que foi
A criança.
Depus a máscara, e tornei a pô-la.
Assim é melhor,
Assim sem a máscara.
E volto à personalidade como a um términus de linha.

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa


Bibliografia
http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/campos.htm
http://www.citador.pt/poemas.php?poemas=Alvaro_de_Campos&op=7&author=21244&firstrec=20
http://www.citador.pt/poemas.php?poemas=Alvaro_de_Campos&op=7&author=21244&firstrec=0
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/12portofolio1/12portofolio1y.htm#vermais
http://www.fpessoa.com.ar/heteronimos.asp?Heteronimo=alvaro_de_campos
http://www.prof2000.pt/users/leopinto/cpalvaro.htm


Andreia Ventura 12ºH nº 5

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

BOM SITE para estudar para os testes e exame.

Vao ao site http://www.exames.org/ »apontamentos»portugues , depois é so fazer dowload dos ficheiros pretendidos. Também podem consultar "fichas/testes" para fazer exercicios.

Bogdan nº7