terça-feira, 24 de novembro de 2009

A PROFESSORA DÁ MIMOS....!

A professora deseja rápidas melhoras aos meninos com gripe A.
Descansem bastante para estarem em forma na próxima semana. Vem aí o teste e eu quero bons resultados....! beijinho.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Biografia de Ricardo Reis

Adriano Correia nº 1

Ricardo Reis (1887 - 2009) é um dos três heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa. Nascido na cidade do Porto, estudou num colégio de jesuítas, formou-se em medicina e, por ser monárquico, expatriou-se, espontaneamente, em 1919, para o Brasil, onde ficou a viver. Era latinista por educação alheia e semi-helenista por educação própria. Interesado pelas culturas Clássica, Romana (latina) e Grega (helénica).

Fisicamente:

“Um pouco mais baixo, mas forte, mas mais seco do que Caeiro”;

“de um vago moreno”; “cara rapada”.

É um poeta clássico, da serenidade epicurista, que aceita, com calma lucidez, a relatividade e a fugacidade de todas as coisas.

A filosofia de Ricardo Reis é a de um epicurista triste, pois defende o prazer do momento “carpe diem” como caminho para a felicidade. Apesar deste prazer que procura e da felicidade que deseja alcançar, considera que nunca se consegue a verdadeira calma e tranquilidade, ou seja, a ataraxia. Sente que tem que viver em conformidade com as leis do destino, indiferente à dor e ao desprazer, numa verdadeira ilusão da felicidade, conseguida pelo esforço estóico lúcido e disciplinado.

TEMÁTICAS:

EPICURISMO

- Busca da felicidade;

- Moderação dos prazeres;

- Fuga à dor (aponia);

- Ataraxia (tranquilidade capaz de evitar a perturbação);

-prazer do momento;

- Carpe Diem (caminho da felicidade, alcançada pela indiferença à perturbação);

- Não cede aos impulsos dos instintos;

- calma, ou pelo menos, a sua ilusão; e

- ideal ético de apatia que permite a ausência da paixão e a liberdade.

ESTOICISMO (conformismo)

- Aceitação das leis do destino (apatia);

- Indiferença face às paixões e à dor;

- Abdicação de lutar; e

- Auto disciplina.

HORACIANISMO

- Carpe diem: vive o momento; e

- Aure mediocritas: a felicidade possível está na natureza.

PAGANISMO

- Crença nos deuses;

- Crenças na civilização da Grécia;

- Intelectualização das emoções; e

- Medo da morte.

NEOCLASSICISMO

- Poesia construída com base em ideias elevadas;

- Odes (forma métrica por excelência).

CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS:

- Submissão da expressão ao conteúdo: a uma ideia perfeita corresponde uma expressão perfeita;

- Estrofes regulares, de verso decassílabo, alternadas ou não com hexassílabo;

- Verso branco;

- Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração;

- Predomínio da subordinação;

- Uso frequente do hipérbato;

- Uso frequente do gerúndio e do imperativo;

- Uso de latinismos (astro, ínfero, insciente...);

- Metáforas, eufemismos, comparações, imagens;

- Estilo construído com muito rigor e muito denso;

- Classicismo erudito;

- precisão verbal;

- recurso à mitologia (crença e culto aos deuses);

- princípios de moral e de estética epicurista e estoica;

- tranquila resignação ao destino;

- Poeta Intelectual, sabe contemplar: ver intelectualmente a realidade;

- Aceita a relatividade e a fugacidade das coisas;

- Verdadeira sabedoria da vida é viver de forma equilibrada e serena; e

- Características modernas no poeta: angústia e tristeza.

Exemplo de um poema:

Segue o teu destino

Segue o teu destino,

Rega as tuas plantas,

Ama as tuas rosas.

O resto é a sombra

De árvores alheias.

A realidade

Sempre é mais ou menos

Do que nós queremos.

Só nós somos sempre

Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.

Grande e nobre é sempre

Viver simplesmente.

Deixa a dor nas aras

Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.

Nunca a interrogues.

Ela nada pode

Dizer-te. A resposta

Está além dos deuses.

Mas serenamente

Imita o Olimpo

No teu coração.

Os deuses são deuses

Porque não se pensam.

Ricardo Reis

Bibliografia :

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/ricardo_reis.htm

http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/reis.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rreis.jpg

http://users.isr.ist.utl.pt/~cfb/VdS/v270.txt

domingo, 22 de novembro de 2009

A Professora alerta para

Rever para o próximo teste " representação e classificação do sujeito" a partir do site:

www.prof2000.pt/users/camoes/Sujeito.htm

Não se esqueçam de fazer os exercícios.
Bom trabalho.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Informação da professora

Meninos,
Passem esta informação: Na próxima 3ª feira vai haver ficha síntese dos conhecimentos de Alberto Caeiro.
Boa noite! (...sem sonhos, recordando Caeiro!).
Bom fim de semana!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Alberto Caeiro (Carlos)






Alberto Caeiro, o segundo do célebre trio de heterónimos a surgir na cabeça de Pessoa , considerado o “mestre” de todos os Heterónimos, um dos mais importantes a representar e a chefiar a expressão do sensacionismo.



Mestre, pois a poesia nele era a considerada a mais verdadeira e honesta, apesar de o mau português deste.



Esta personagem idealizada e criada por Fernando Pessoa, nasceu no dia 16 de Abril de 1889 e tendo vivido os seus últimos dias em 1915 vítima de tuberculose.











De acordo com Pessoa, Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, mas passou muito da sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária, morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia-avó. Era um “Guardador de Rebanhos”.



Fisicamente, era loiro, olhos azuis, com uma estrutura normal, mas fraco, magro.





Natural, talvez a melhor palavra para caracterizar, no só a vida desta personagem, mas também a sua espontaneidade, tal como a sua forte referência à natureza. Segundo Fernando Pessoa os 49 poemas da série “O Guardador de Rebanhos” foram escritos na noite de 8 de Março de 1914 afirmando assim a naturalidade e espontaneidade na personalidade e caracterização dessa mesma personagem.





Caeiro é destacado também por repugnar ou expelir da sua vida o pensar (pensamento),



Acreditava que os seres simplesmente são, e nada mais, irritava-se com a metafísica e qualquer tipo de simbologia para a vida.



Para Alberto Caeiro só importava em ver de forma objectiva e natural a realidade, com a qual contacta a todo o momento. Daí o seu desejo de integração e de comunhão com a natureza.



Este despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos"). Proclama-se assim um anti-metafísico. Afirma que, ao pensar, entramos num mundo complexo e problemático onde tudo é incerto e obscuro.









“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...



Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é.



Mas porque a amo, e amo-a por isso,



Porque quem ama nunca sabe o que ama



Nem por que ama, nem o que é amar...





Retirado do poema “Girassol” de Alberto Caeiro.





Dai este poeta ser sensacionista e levar bastante as emoções e sentidos como paradigmas, o que vai bastante ao contrário de como é Fernando Pessoa (Ortónimo), pois este despreza o sentimento o coração e dá mais importância à intelectualização e raciocinio.





Este heterónimo é também o que melhor interpreta a tese dos 3 princípios do sensacionismo para Pessoa:





“Todo objecto é uma sensação nossa;



Toda a arte é a convenção de uma sensação em objeto;



Portanto, toda arte é a convenção de uma sensação numa outra sensação.”





Pois a este só lhe interessava vivenciar o mundo que captava pelas sensações, recusando o pensamento metafísico.





Características de Caeiro na Poesia







Alberto Caeiro era como que um “Nirvana Poético” a nível de estrutura da sua poesia:



Verso livre, métrica irregular;



Despreocupação a nível fónico;



Pobreza lexical (linguagem simples, familiar);



Adjectivação objectiva;



Pontuação lógica;



Predomínio do presente do indicativo;



Frases simples;



Predomínio da coordenação;



Comparações simples e raras metáforas.





Quanto à sua temática:



Objectivismo;



Sensacionismo;



Antimetafísico (recusa do conhecimento das coisas);



Panteísmo naturalista (adoração pela natureza).









-Vê a realidade de forma objectiva e natural



- Aceita a realidade tal como é, de forma tranquila; vê um mundo sem necessidade de explicações, sem princípio nem fim; existir é um facto maravilhoso.



- Recusa o pensamento metafísico, o misticismo e o sentimentalismo social e individual.



- Personifica o sonho da reconciliação do Universo, com a harmonia pagã e primitiva da Natureza



- Inexistência de tempo (unificação do tempo)



- Poeta sensacionista (sensações): especial importância do acto de ver.



- Inocência e constante novidade das coisa.



Relação com Pessoa Ortónimo – elimina a dor de pensar









"Uns agem sobre os homens como o fogo, que queima nele todo o acidental, e os deixa nus e reais, próprios e verídicos, e esses são os libertadores. Caeiro é dessa raça. Caeiro teve essa força."



Fernando Pessoa

































Carlos João Negrão López-Caño nº8



12ºH

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Trabalho de Alberto Caeiro (Lisa)

Alberto Caeiro – O mestre ingénuo (1889 - 1915)


Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.




Alberto Caeiro, o «mestre», em torno do qual se determinam os outros heterónimos, nasceu em Abril de 1889 em Lisboa, mas viveu grande parte da sua vida numa quinta no Ribatejo onde viria a conhecer Álvaro de Campos.


A sua educação cingiu-se à instrução primária, o que combina com a simplicidade e naturalidade de que ele próprio se reclama. Louro, de olhos azuis, estatura média, um pouco mais baixo que Ricardo Reis, é dotado de uma aparência muito diferente dos outros dois heterónimos. É também frágil, embora não o aparente muito, e morreu, precocemente (tuberculoso), em 1915.


O mestre é aquele de cuja biografia menos se ocupou Fernando Pessoa. A sua vida foram os seus poemas, como disse Ricardo Reis: «A vida de Caeiro não pode narrar-se pois que não há nela mais de que narrar. Seus poemas são o que houve nele de vida. Em tudo o mais não houve incidentes, nem há história». Aparece a Fernando Pessoa no dia 8 de Março de 1914, de forma aparentemente não planeada, numa altura em que o poeta se debatia com a necessidade de ultrapassar o paulismo, o subjectivismo e o misticismo. É nesse momento conflituoso que aparece, de rompante, uma voz que se ri desses misticismos, que reage contra o ocultismo, nega o transcendental, defendendo a sinceridade da produção poética, um ser manifestamente apologista da simplicidade, da serenidade e nitidez das coisas, um ser dotado de uma natureza positivo-materialista e que rejeita doutrinas e filosofias. É este ser que no dia 8 de Março escreve de rajada 30 e tal poemas de O Guardador De Rebanhos.

Grande parte da produção poética de Ricardo Reis parece ter sido sempre escrita deste jeito impetuoso em momentos de súbita inspiração. A essa voz, Fernando Pessoa dá o nome de Alberto Caeiro.

Alberto Caeiro dá também voz ao paganismo. Segundo Fernando Pessoa, «A obra de Caeiro representa uma reconstrução integral do paganismo, na sua essência absoluta, tal como nem os gregos nem os romanos que viveram nele e por isso o não pensaram, o puderam fazer». Apresenta-se como o poeta das sensações; a sua poesia sensacionista assenta na substituição do pensamento pela sensação («Sou um guardador de rebanhos. / O rebanho é os meus pensamentos / E os meus pensamentos são todos sensações».).


Alberto Caeiro é o poeta da natureza, o poeta de atitude antimística («Se quiserem que eu tenha um misticismo, está bem, tenho-o. / Sou místico, mas só com o corpo. / A minha alma é simples e não pensa. / O meu misticismo é não querer saber. / É viver e não pensar nisso»).

É o poeta do objectivismo absoluto. Ricardo Reis afirma que «Caeiro, no seu objectivismo total, ou, antes, na sua tendência constante para um objectivismo total, é frequentemente mais grego que os próprios gregos».


É também o poeta que repudia as filosofias quando escreve, por exemplo, que «Os poetas místicos são filósofos doentes / E os filósofos são homens doidos e que nega o mistério e o a busca do sentido íntimo das coisas: O único sentido íntimo das coisas / É elas não terem sentido íntimo nenhum.».


Fernando Pessoa deixou um texto em que explicita o valor de Caeiro e a mensagem que este poeta nos deixou e pode servir de base para a compreensão da sua obra:«A um mundo mergulhado em diversos géneros de subjectivismo vem trazer o Objectivismo Absoluto, mais absoluto do que os objectivistas pagãos jamais tiveram. A um mundo ultra civilizado vem restituir a Natureza Absoluta. A um mundo afundado em humanitarismos, em problemas de operários, em sociedades éticas, em movimentos sociais, traz um desprezo absoluto pelo destino e pela vida do homem, o que, se pode considerar-se excessivo, é afinal natural para ele e um correctivo magnífico».



Assim, as características de Alberto Caeiro podem resumir-se da seguinte forma:



  • Negação da metafísica e valorização da aquisição do conhecimento através das sensações não intelectualizadas; é contra a interpretação do real pela inteligência; para ele o real é a exterioridade e não devemos acrescentar-lhe as impressões subjectivas. Os poemas O Mistério das coisas, onde está ele? e Sou um guardador de rebanhos mostram-nos estas ideias.


  • Negação de si mesmo, projectado em Quem me dera que a minha vida fosse um carro de bois;


  • Atracção pela infância, como sinónimo de pureza, inocência e simplicidade, porque a criança não pensa, conhece pelos sentidos como ele, pela manipulação dos objectos pelas mãos, como no poema Criança desconhecida e suja brincando à minha porta;


  • Poeta da Natureza, na sua perpétua renovação e sucessão, da Aurea Mediocritas, da simplicidade da vida rural;

  • A vivência da passagem do tempo não existe, são só vivências atemporais: o tempo é ausência de tempo. (Para Caeiro fazer poesia é uma atitude involuntária, espontânea, pois vive no presente, não querendo saber de outros tempos, e de impressões, sobretudo visuais, e porque recusa a introspecção, a subjectividade, sendo o poeta do real objectivo.)
    Caeiro canta o viver sem dor, o envelhecer sem angústia, o morrer sem desespero, o fazer coincidir o ser com o estar, o combate ao vício de pensar, o ser um ser uno, e não fragmentado.


  • Discurso poético de características oralizantes (de acordo com a simplicidade das ideias que apresenta): vocabulário corrente, simples, frases curtas, repetições, frases interrogativas, recurso a perguntas e respostas, reticências;


  • Apologia da visão como valor essencial (ciência de ver) ;


  • Relação de harmonia com a Natureza (poeta da natureza) ;


  • Rejeita o pensamento, os sentimentos, e a linguagem porque desvirtuam a realidade (a nostalgia, o anseio, o receio são emoções que perturbam a nitidez da visão de que depende a clareza de espírito).


  • Relação com Pessoa Ortónimo – elimina a dor de pensar.

Na Linguagem:
· Predomínio do Presente do Indicativo (o gerúndio também é utilizado para sugerir simultaneidade e arrastamento) ;
· Figuras de estilo muito simples;
· Vocabulário simples e reduzido (pobreza lexical);
· Uso da coordenação para a ligação das orações;
· Frases incorrectas;
· Aproximação à linguagem falada, objectiva, familiar, simples;
· Repetições frequentes;
· Uso do paralelismo;
· Pouca adjectivação;
· Uso dos substantivos concretos;
· Ausência da rima;
· Irregularidade métrica;
· Discurso em verso livre;
· Estilo coloquial e espontâneo;
· Pouca subordinação e pronominalização
· Versilibrismo, indisciplina formal e ritmo lento mas espontâneo.
· Objectivismo
- Apagamento do sujeito
- Atitude antilírica
- Atenção à “eterna novidade do mundo”
- Integração e comunhão com a Natureza
- Poeta deambulatório
· Sensacionismo
- Poeta das sensações tal como elas são
- Poeta do olhar
- Predomínio das sensações visuais (“Vi como um danado”) e das auditivas
- O “Argonauta das sensações verdadeiras”
· Anti-metafísico
(“Há bastante metafísica em não pensar em nada.”)
- Recusa do pensamento (“Pensar é estar doente dos olhos”)
- Recusa do mistério
- Recusa do misticismo
· Panteísmo Naturalista
- Tudo é Deus, as coisas são divinas (“Deus é as árvores e as flores/ E os montes e o luar e o sol...”)
- Paganismo
- Desvalorização do tempo enquanto categoria conceptual (“Não quero incluir o tempo no meu esquema”)
- Contradição entre “teoria” e “prática”




Referências bibliográficas:
http://www.fpessoa.com.ar/heteronimos.asp?Heteronimo=alberto_caeiro
http://www.prof2000.pt/users/jsafonso/Port/caeiro.htm
http://www.prof2000.pt/users/leopinto/poesiacaeiro.htm

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mensagem de boas vindas . A Professora de Português.

" A vantagem é recíproca, pois os homens, enquanto ensinam, aprendem."

Séneca


Filosofo e escritor da Roma antiga



Bom Fim de semana!